Coma

Apartir deste dia a gerência deste blog informa que este entrou em coma vegetativo.

Bichinho...

Tava aqui a pensar sobre isto, eu tenho um bichinho cá dentro que me impede de ficar parada, que me impede de não estar envolvida no activismo político. Eu preciso de estar envolvida, de saber mais, de aprender, de gritar, de saltar, de correr o país e arredores em manifs pelas causas que acredito.

Incompreensível para a maior parte das pessoas. Os meus amigos sempre criticaram esta minha disponibilidade para reuniões, manifs, colagem de cartazes, debates, pintura de murais, distribuição de panfletos, trabalhar no bar do psr, acampamentos nacionais e internacionais, etc. O meu activismo confunde-se muitas vezes com a minha vida pessoal e os meus "camaradas" tornaram-se meus amigos. Primeiro PSR depois Bloco depois Panteras Rosas, agora é uma espécie de 3 em 1.

Só critico aquelas pessoas que se auto-intitulam apolíticas com orgulho. Orgulho de quê da ignorância? Política é tudo o que nos rodeia, a política é a base das relações entre as pessoas. Irritam-me as pessoas que não se questionam, que não questionam os outros, que não questionam o sistema, que não querem aprender, que se resignam e optam apenas por se queixar de que tudo está mal.

ZZZZZ

Este blog encontra-se num caminho estranho, ou sou eu?

Visto

Querida Família

...

Hoje tenho a sensação que toda a gente olha para mim e me aponta o dedo, pro meu horrível aspecto de noitada, de directa e de desmazelo.

Piadinha...

Estava eu muito bem a apanhar uma seca descomunal (há que dizer em abono da verdade) numa assembleia geral dos núcleos de lisboa do BE com o candidato por lisboa (Sá Fernandes) quando um dos militantes se saiu com aquelas preocupações habituais de quem preza muito o seu bairro e se preocupa com estas coisas ( por acaso o bairo/zona e freguesia em questão até era o meu/minha, um militante de proximidade). Então estava preocupado com os cócós dos caezinhos que já faziam um tapete jeitoso por toda a morais soares, e também com o excesso de população columbófila da praça paiva couceiro (e há que pensar que eu já estou habituada a estes discursos). Ri-me, ri-me muito e comecei a pensar para mim pois nínguém dá educação sexual aos pombos nem aulas de planeamento familiar, as pombas não podem fazer abortos, pus-me a pensar numa rebelião columbófila pelos seus direitos de reprodução ou não, de acesso aos meios de contracepção, esterilização e afins. Isto tudo pq a solução sempre encontrada para o excesso de pombos é sempre o envenenamento cruel.

Cesariny

Faz-me o favor...

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!

Supor o que dirá

Tua boca velada

É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor

Do que o dirias.

O que és nao vem à flor

Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!--

Do que tu. Não digas nada. Sê

Alma do corpo nu

Que do espelho se vê.

Mário Cesariny

Mais e Mais

Ostinato

Ao desejo, à

sombra aguda

do desejo, eu me

abandono.

Meu ramo de coral,

meu areal, meu

barco de oiro, eu

me abandono.

Minha pedra de orvalho,

amor, meu punhal,

eu me abandono.

Minha lua queimada.

violada, colhe-me,

recolhe-me: eu me

abandono.

Eugénio de Andrade

Tradução

Esqueci-me de referir isto no post sobre o filme de " os últimos dias de Sophie Scholl", depois do filme acabar e passar todo o genérico apareceu o nome da senhora que fez a tradução e apareceu o seu email. Achei um bocado estranho e pus-me a pensar: seria para qualquer reclamação com a tradução feita? qualquer individo agora poderia se quizesse tentar desancar ou não a senhora pela sua prestação na tradução. Depois pensei, ná...isto é uma forma de a personagem fazer contactos para futuras traduções, mas tb não acho que seja por aí, não é no meio dos telespectadores que a senhora vai arranjar emprego. Terceira hipótese: é uma boa forma de a senhora arranjar blind dates, de fazer novos conhecimentos...

Sim pronto achei estranho, vou estar mais atenta às calinadas d@s tradutoras para depois me meter com el@s!

Coisas que me vêem à cabeça...

Gosto mesmo desta modinha das pseudo-cristas nelas e neles, as pessoas ficam bonitas. E tambem das correntes de lado dum bolso ao outro. Manias...

Bolos de Chocolate

É practicamente impossível eu olhar para um bolo de chocolate (uma fatia) agora sem me escancarar a rir para dentro e às vezes o riso é tanto que me rio sózinha de tacha arreganhada, a associação é automática. Tive experiências com bolos de chocolate e ganza avassaladoras, de vómitos e tudo, uma coisa muito estranha e nem me devia dar para rir. Mas não fica bem contar estas coisas aos colegas que habitualmente bebem café comigo muito mais conservadores e cujo o nome ganza é uma fantasia longínqua. Prefiro que pensem que sou tolinha, uma rapariga simples, que me rio duma fatia de bolo.

PS: para ti S.

Mais

Esta névoa sobre a cidade, o rio,
as gaivotas doutros dias, barcos, gente
apressada ou com o tempo todo para perder,
esta névoa onde começa a luz de Lisboa,
rosa e limão sobre o Tejo, esta luz de água,
nada mais quero de degrau em degrau.

Eugénio de Andrade

Porquê?

Sempre que tento ir à casa de banho há uma alma esperta que me deixa completamente às escuras? já me aconteceu 2x hj!

Expressões

Nas minhas deambulações pelos blogs alheios:

Bicho do Mato

Bicho de Sete Cabeças

Bicho da Conta

Bicho da Seda

Estado de Emergência

Estado de Sítio

Estado Gasoso

Estado Maior

Adore-te Ana Dago!

Foi linda a tua resposta ao deputado da bancada parlamentar do PP a propósito do "arrastão":

"... e pq as palavras são para ser usadas o deputado vem aqui mais uma vez representar a mentalidade de extrema direita populista conservadora, xenófoba e preconceituosa que impera no seu partido no CDS-PP... só falta mesmo na sua intervenção apoiar e estar presente na manifestação da frente nacional marcada para sábado no Martim moniz..."

Dá-lhe!!!!

Lançamento

A Lei do Desejo

Direitos Humanos e Minorias Sexuais em Portugal

de Ana Cristina Santos

A sessão terá lugar no dia 24 de Junho, pelas 18.30 horas, no Forum da Fnac Chiado em Lisboa.

A obra será apresentada pelo Prof. Doutor Miguel Vale de Almeida e pela Prof. Doutora Gabriela Moita.

Fim do Dia

Depois dum dia muito muito pesado nada como acabar o dia num miradouro de Lx (do adamastor, se bem que eu prefiro o da esplanada da graça) com uma martini na mão, com som ao longe dos djambés, com a noite, com uma boa conversa, com uma rapariga que perde escovas e pastas de dentes que não são dela à minha volta, com um rapaz com cara de turista mas que passeia um saco cheio de cabides, com uma senhora que crava cigarros compulsivamente em todas as mesas da esplanada sem os fumar, com os risos e sorrisos trocados com as personagens das mesas ao lado, com os punks no jardim em lutas viris e amigáveis.

Mais uma

Candidatura para a camara de Lisboa, desta vez do PP pela Maria José Nogueira Pinto. Até fiquei logo toda arrepiada. É daqueles sentimentos inexplicáveis, esta personagem irrita-me cá duma maneira muito própria, nem a suporto ouvir falar na telivisão...Cultivo este ódio de estimação sem qualquer explicação...

Mais uma homenagem.....

O ANJO DE PEDRA

Tinha os olhos abertos mas não via.
O corpo todo era saudadede
alguém que o modelara e não sabia
que o tocara de maio e claridade.
Parava o seu gesto onde pára tudo:
no limiar das coisas por saber
- e ficara surdo e cego e mudo
para que tudo fosse grave no seu ser.

Eugénio de Andrade

Lembras-te?

Hoje sou eu que faço a pergunta num outro contexto.

WHY?

BOMBA

Rebentou-me uma bomba nas mãos e agora não sei que fazer....Eu que já tinha que lidar como o meu fogo de artífício interno...

Arrastão

Estive mesmo para não escrever. Só me apetece dizer isto: o que toda a gente se esquece é que os africanos/pretos/negros envolvidos no arrastão são todos filhos/netos/bisnetos de emigrantes ( são emigrantes de 2ª/3ª/4ª geração) são sem dúvida naturais de cá, portugueses, produtos da nossa sociedade e cultura racista. Quantos lá estavam interessa? não. Se eram pretos ou não, interessa? Tb não.

Visto

Os últimos dias de Shopie Scholl

É um filme interessante. Fiquei com mais uma prespectiva sobre a segunda guerra que ainda não tinha ouvido falar e que ainda não me tinha questionado. O filme retrata em parte um grupo de resistência interna alemã chamado "Rosa Branca" por parte de estudantes universitários. Sophie Scholl fazia parte do grupo. Era a única mulher no grupo. Ela e o irmão são descobertos a distribuir panfletos na universidade contra o regime nazi e são denunciados pelo director da faculdade e presos pela gestapo. Seguem-se uns diálogos de uma intensidade psicológica forte entre ela e o seu carcereiro da gestapo, primeiro ela mente e depois ao saber que o seu irmão tinha assumido tudo abre jogo e diz tenho orgulho no que fez e que não está arrependida. O oficial da gestapo ainda lhe oferece uma hipótese para ela se escapar à pena de morte à qual ela (ingénuamente, a meu ver) recusa em prol dos seus ideais. São guilhotinados ela e os restantes membros da Rosa Branca. É bem patente aqui para mim uma certa frieza e distanciamento nórdico no modo de encarar a morte, nas despedidas, nos gestos de apoio entre eles. O sofrimento e o desespero são vividos em solidão e em breves momentos, como se não pudessem aguentar mais.

As minhas compras na feira...

Para o que o meu orçamento deu:

1- Paraísos Artificiais - Baudelaire

2- Elas não percebem nada - Boris Vian

3- Cantilenas em Geleia - Boris Vian

4-Orlando - Virginia Wolf

PP

Não consigo perceber o fascínio do Pacheco Pereira pelos comunistas e pelo Alvaro Cunhal. Não há gente interessante e com vidas interessantes na sua ala política para fazer biografias?

Vícios de linguagem...

Irritam-me vícios de linguagem de frases como estas: " deixa-te de paneleirices..." ou " que calças tão amaricadas", "não sejas maricas", " enfiava-te...... pelo cú acima...", etc... E depois toda a gente fica hipócritamente muito chocada quando as chamamos à atenção para a frase que acabam de dizer e o quão homofóbica ela pode ser. Dizem muito depressa: " lá tás tu com as tuas merdas, com os teus extremismos, tu sabes perfeitamentamente que eu não sou homofóbic@, é apenas uma expressão...", o que eu sei é que esta frase é completamente homofóbica é a crítica ou a expressão de desagrado em relação a determinado assunto pela ofensa aos homossexuais. Assim como são utilizados os homossexuais tb as mulheres são muitas vezes usadas com a mesma finalidade. Principalmente entre conversas entre homens em que um resolve diminuir o outro pela referência á mulher. O mais espantoso é as pessoas nem sequer se questionarem sobre isso, pensando bem as pessoas são educadas para não se questionarem sobre nada e para serem todos cópias uns dos outros dentro de certos padrões e obedecerem a certas regras.

Eugénio de Andrade

Hoje Estou de luto, morreu o meu poeta do coração.

As palavras

São como um cristal,

as palavras.

Algumas,

um punhal,um incêndio.

Outras,

orvalho apenas.

Secretas vêm,

cheias de memória.

Inseguras navegam:

barcos ou beijos,

as águas estremecem.

Desamparadas,

inocentes,leves.

Tecidas são de luze são a noite.

E mesmo pálidas

verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta?

Quem as recolhe,

assim,cruéis,

desfeitas,

nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade

Feriados

Vou estar na feira do livro a trabalhar non stop, passem por mim comprem-me e levem-me para casa ok?

PS: Sim altura da parvoeira...Mas eu queria mesmo que me levassem...

O concerto...

Deixas-me contar zé? Vale a pena. Nunca me tinha acontecido! o zé que comenta aqui no blog resolveu aparecer e dizer no próprio dia do concerto, tenho um bilhete para ti, arrisca dá-me uma resposta até às 20h. Nunca o tinha visto mais gordo, nem ele a mim. Eu já havia feito contas à vida e tinha decidido não ir, quando me apareceu este presente. Arrisquei, fiquei nervosa, preveni as minhas amizades todas, tudo de sobreaviso, tinha resolvido aceitar o desafio. Não me arrependi, 2 bilhetes para a primeira fila! Um concerto memorável, tive a oportunidade de ver as amígdalas e as entranhas da Sónia Tavares (que jeitosa aqui para nós!). Delirei! Dancei! Pulei! quero mais! OBRIGADA ZÉ!

Ele há coisas...

A minha vida é cheia de episódios surreais. Hoje aconteceu mais um, assim vindo do nada. E quando a esmola é muita eu desconfio. Eu sou desconfiada por natureza.

Paixões...

Tou apaixonada pelos posts da Fernanda Câncio no Glória Fácil..... A mulher é demaisssssssss....

Frase minha...

Ir à psicóloga é como ir às putas. Portanto hoje tenho o meu encontro semanal com a minha puta. (já partilhei este sentimento com ela e ela escancarou-se a rir, deve ter sido para não me partir a cara!)

Despesas...

To gift or not t gift that is the question....

...

Assim começa a ficar muito quente para eu poder fazer a fotossíntese....

Ar condicionado

que parvoíce sempre que me aproximo dum ar condicionado lembro-me da legionela...

Eu queria...

• Eu queria não acordar de manhã para ir trabalhar.
• Eu queria não ter responsabilidades.
• Eu queria não ter problemas.
• Eu queria não ruminar sobre os assuntos.
• Eu queria ter dinheiro para ir a todos os concertos que me dão na real gana.
• Eu queria que as pessoas correspondessem às expectativas que para elas crio. (era tão mais fácil mas muito menos divertido).
• Eu queria não ser agulhofóbica.
• Eu queria estalar os dedos para satisfazer os meus desejos.
• Eu queria não ser tão teimosa e pessimista.
• Eu queria mudar de barriga.
• Eu queria não envelhecer.
• Eu queria mudar de família, por tudo o que aconteceu.
• Eu queria...

E tu o que querias?

POsts

Sim tb é verdade, ando numa onda intimista/mistica/profunda/surreal nos posts. Pq tb sou assim e poucas vezes o revelo, por agora o activismo políticoe a divulgação de eventos culturais apareceram mais amiúde até me voltar a apetecer.

Instantâneos de Lx.

Sim pode ser bairrismo, gosto mesmo de Lisboa, conheço muitas outras cidades das minhas viagens de pseudo-pé descalço e comboio aí pela europa fora.

Lisboa é a minha cidade, é só minha. Gosto das ruas velhas e estreitas. Os prédios antigos com velhinhas de preto à janela a ver a movimentação das ruas, gosto das crianças sujas e com ranho a escorrer que jogam à bola numa nesga de verde entre um passeio e a estrada. Gosto dos eléctricos descapotáveis (os antigos) que andam colina acima colina abaixo. Gosto das tascas carregadas com homens que se julgam viris com as bochechas e os narizes vermelhos pelo alcool. Gosto das vizinhas que têm a mania de se meter na vida das pessoas, que nos despem com o olhar à procura de informações sobre as nossas entranhas. Gosto de volta e meia de electrico, carro ou autocarro vislumbrar o rio ao longe. Gostava de poder ver o rio todos os dias para absorver a calma que ele me transmite. Gosto das vielas, da feira da ladra, dos becos sem saída. Gosto das festas dos santos populares, do manjericos e do cheiro das sardinhas. Gosto da praça do comércio e da figueira e da praga do número de pombos que nelas abundam. Gosto dos contrastes entre as pessoas, das lojas antigas até da melancolia ou nostalgia reinante. Enfim poderia aqui escrever um post interminável que quando eu penso em lisboa não me calo. Se me apetcer no futuro continuo.

Campanha Autárquica

A pré campanha para as autárquicas definitivamente começou mais cedo. Aliás a pré-pré-pré campanha.

Bom isto tudo para dizer que não gosto visualmente da campanha do bloco (sim tiros nos pés), aquele verde estranho cor que não é associada às cores do bloco, sim a escolha deve ter sido propositada uma vez que o candidato do bloco é independente. Mas para mim não resulta. Os nomes dos apoiantes no fundo verde não inspiram, não se notam, só se vêem muito ao perto. Depois o slogan: Lisboa é gente, como que dizer é uma frase insonsa se calhar como as próprias eleições autárquicas. Tenho saudades das campanhas audazes, politicamente incorrectas que o PSR tinha ou mesmo o bloco nos seus primórdios.

Quem é o candidato do PC? Dá-me a sensação que é um nome para queimar, para que nínguem diga que o PC não tem um candidato e que não concorre às eleições.

Mais informações:

http://www.josesafernandes.org/

http://www.bloco.org/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=8&Itemid=132

Cavalheirismos

Isto tb já é uma discussão recorrente que eu tenho com os meus amigos e tudo goza comigo. Têm sempre aquele discurso paternalista que sou sempre demasiado extremista. A questão é a seguinte: não gosto dos supostos actos de cavalheirismos que alguns machos (apoiados pela maior parte das fêmeas) insistem em ter. Esses actos são: abrir a porta ás senhoras, num restaurante por ex. servir sempre primeiro as senhoras, deixar sempre passar em primeiro lugar as senhoras em qualquer que seja a situação, etc...

São actos paternalistas e sexistas, que não servem mais do que lembrar ás mulheres a sua suposta condição de fragilidade e que os machos a protegem dos perigos selváticos que espreitam a cada esquina.

Pq não têm estas atitudes com outros homens? Estas atitudes são na sua maior parte dos casos fomentadas pelas próprias mulheres que infelizmente se sentem bem com estas pequenas atenções.

Dia de ontem

Para mim ontem não foi dia da criança, não me perguntem pq estou com coisas para resolver com as crianças, ontem para mim apenas unica e exclusivamente a abertura da época balnear! No meu quintal tb já decretei o ínicio da época balnear no fim de semana passado com um belo churrasco vegetariano.

IDIOTAS

Outro texto interessante na ronda diária de blogs. A continuação do texto é só clicar em cima...

O idiota é geralmente competente, moralmente irrepreensível e socialmente necessário. Faz o que tem a fazer sem dúvidas ou hesitações, respeita as hierarquias, toma sempre o partido do bem e acredita religiosamente nas grandes ficções sociais.A incapacidade de relacionar as coisas, as ideias e as sensações transforma-a ele em força, e como lhe escapam as causas e os fins do que lhe mandaram fazer, fá-lo com prontidão e limpeza, sem introspecções inúteis.

Ser esquisito

Li algures num blog que em portugal é fácil ser-se esquisito, ou ser se vist@ como uma pessoa esquisita por coisas simples como estas: basta não gostar de futebol, não ser católico, não ser heterossexual, não ter um horário de trabalho convencional, não tirar férias em Agosto, não comer carne, não ter carta de condução, andar a pé sem ter necessidade de o fazer, ser solteiro depois dos 30, não ver televisão (...)"

Nada podia ser mais verdade...E mais items à lista se podiam acrescentar. Eu cumpro a maioria dos critérios...

Antony

Acontecimento Surreal

Telefona-me uma pessoa que me conhece e que diz que se chama sofia, pergunta como eu estou e diz que me quer fazer uma pergunta. Quer-me fazer esta pergunta específica de natureza íntima pq esta personagem diz que eu não vou fazer perguntas à pergunta que ela me vai fazer. E realmente não fiz, a pessoa conhece-me limitei-me a responder à pergunta, a ser util. Fui objectiva a pessoa gostou da minha resposta. E tanto não fiz perguntas que nem sequer percebi com quem estava a falar pq não quiz dar parte de fraca, pq detestava que alguém não me conhecesse do outro lado da linha quando ligo. A pergunta foi tão surreal que estou catatónica até agora mais surreal ainda foi a minha resposta como se eu pertencesse ao mesmo mundo, simples concreta e objectiva.

Nunca cheguei a perceber com quem falei.

Campanha Emigrante Metro

Desculpem a franqueza, mas a nova campanha de apoio à integração dos emigrantes espalhada em cartazes pelo metro, está simplesmente nojenta.

Primeiro vi logo uma palavra que arrepiou logo a espinha que foi a palavra tolerante. O slogan é: Portugal emigrante, Portugal Tolerante. O que é que isto significa? que somos tão bons e culturalmente superiores que toleramos a presença dos emigrantes? Ou toleramos os emigantes pq eles melhoram o nosso país com o trabalho deles? Tudo isto é horrível.

Primeiro somos todos emigrantes duma ou doutra forma, o nós somos todos e não um grupo que tolera outro grupo. Todos nós queremos melhores condições de vida e não o fazemos em prol de algo como um país mas fazêmo-lo em prol de nós mesmos, por isso não vamos melhorar país nenhum ( o que é um país tb?).

Tolerância pressupõe uma relação de desigualdade entre dois polos em que um se considera superior, dominante, norma em relação ao outro. Não é com este tipo de políticas que se combatem as discriminações.